Mas sei o que sou;
Fui feita de consequências
Não tenho lápis ou borracha
Apenas uma caneta
E eu mesma como extensão
Não há pensamentos ou indagações
Apenas porque não há dualismo no concreto
Há somente mentes tomadas pelo entorpecimento
Não existe tempo-espaço
Nem o que chamam comumente de "segunda chance"
Não há ninguém
Há sorrisos amarelos e análises
Eles apenas vêem tatuagens e correntes
E ateístas e crentes
Mundanos em becos escuros
Vêem perdidos e vagabundos
Me é desconhecido O Mundo
Me são conhecidos os acidentes intencionados
Me é conhecido os gritos em silêncio,
Me são conhecidas memórias esquecidas,
Desconheço o "Justo" ou o "Mérito"
Desconheço o consumo além da própria fome
Não há nada exceto o Nada
E um soneto de palavras inúteis
Por Julia Araújo
- 05:29
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